Você já ficou se perguntando como algumas empresas conseguem atrair tantos clientes através do marketing? O que elas fazem para se destacar no mercado? Por que os produtos delas vendem tanto, enquanto outros ficam encalhados?

O segredo do sucesso certamente passa pelo marketing.

Quem domina o marketing sabe tudo sobre o mercado: como se posicionar, como conquistar os clientes, como entregar valor para os seus públicos e, é claro, como gerar lucro e competitividade com tudo isso.

Porém, estamos falando de um conjunto de conhecimentos, não trata apenas de vender produtos. Ele abrange uma série de conceitos, estratégias, canais e metodologias, que estão em constante mudança ao longo dos anos para se adaptar às transformações sociais.

Para dominar o mercado, então, é preciso dominar essa ciência. É por isso que vamos falar agora tudo o que você precisa saber desde a Publicidade tradicional até o Marketing Digital!

Neste artigo, você vai aprender:

  1. O que é marketing
  2. Objetivos do marketing
  3. A origem do marketing
  4. Ciclo de vida do produto
  5. 4Ps do marketing
  6. Tipos de marketing
  7. Ambientes de marketing
  8. Canais de marketing
  9. Estratégias: como criar um bom plano de marketing
  10. Ferramentas de marketing
  11. Profissional de marketing

Começaremos falando sobre o que é marketing. Vamos lá?

1. Oque é Marketing?

Marketing é uma área focada na geração de valor sobre o produto, serviço ou sobre a própria marca de um negócio, tendo como objetivo a conquista e a fidelização de clientes.

Para entender o que é marketing, então, vamos recorrer a alguns nomes e instituições representativos da área.

American Marketing Association (AMA), que representa os profissionais de marketing nos Estados Unidos, traz a seguinte definição:

“Marketing é a atividade, o conjunto de instituições e os processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral”.

Essa definição mostra a abrangência da concepção de marketing. Perceba também que o foco dessa atividade não é vender produtos para clientes, como muitos poderiam pensar.

O marketing trabalha com a geração de valor, e isso deve acontecer na percepção dos diferentes públicos sobre o custo-benefício que a empresa entrega.

Já o The Chartered Institute of Marketing, que representa a área no Reino Unido, define marketing como:

“O processo de gerenciamento responsável por identificar, antecipar e satisfazer as necessidades do cliente com lucro”.

Aí está uma importante contribuição para entender o que é marketing: as necessidades do cliente.

Elas são inerentes ao ser humano ― não é o marketing que as cria. Porém, essa atividade deve saber perceber as carências das pessoas e despertar o desejo para supri-las.

Essa definição vai ao encontro do que diz Philip Kotler, que define o marketing como: “a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um público-alvo com lucro.

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

O marketing identifica necessidades e desejos não preenchidos. Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado e o potencial de lucro. Ele aponta quais segmentos da empresa são capazes de servir melhor e cria e promove os produtos e serviços mais apropriados.”

Em poucas palavras, ele define que marketing é “suprir necessidades gerando lucro”.

Essas definições não deixam escapar, também, o objetivo central das empresas: o lucro. Afinal, é isso que garante a sua sobrevivência e competitividade no mercado ― e esse é um dos motivos de existir do marketing.

Mas vale ressaltar que o marketing também pode ser adotado por organizações que não visam o lucro ― instituições públicas e ONGs, por exemplo. Nesses casos, os objetivos do marketing se voltam para o retorno em outras formas, como engajamento ou fortalecimento da marca.

Agora, já que estamos falando em objetivos de marketing, vamos ver um pouco mais sobre eles.

2. Objetivos do Marketing

Você sabe dizer para que serve o marketing? Engana-se quem pensa que ele serve só para vender produtos. Os objetivos do marketing podem ser muito mais abrangentes e ajudar a alcançar diferentes resultados para as empresas.

1. Vender mais


Vender: sim, esse é um dos principais objetivos do marketing para organizações que colocam produtos ou serviços no mercado.

É papel do marketing, então, preparar as estratégias para que elas atendam às necessidades dos clientes e aumentem as chances de sucesso das vendas.

2. Fidelizar clientes


Mas o papel do marketing não termina na venda. A empresa deve continuar próxima do cliente para que ele não esqueça a marca e volte a comprar outras vezes.

Vale lembrar uma frase clássica: fidelizar clientes é muito mais barato que captar novos compradores.

3. Aumentar a visibilidade

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber


Outro objetivo que o marketing ajuda a atingir é aumentar a visibilidade da marca e dos seus produtos.

Porém, não adianta buscar visibilidade junto a um público que não tem nada a ver com a empresa. Para otimizar os investimentos em marketing, as estratégias devem ser focadas nas pessoas certas: aquelas que têm mais chances de virarem clientes.

4. Gerenciar uma marca


Marketing tem tudo a ver com branding. A construção de uma marca acontece na mente dos consumidores.

E, para que eles absorvam a imagem da marca, ela precisa tornar os seus valores e propósitos tangíveis por meio das estratégias de marketing ― em uma peça de publicidade e na definição do preço dos produtos, por exemplo.

5. Construir boas relações


Marketing também tem tudo a ver com relacionamento. Ao estreitar os laços com os seus públicos (não apenas clientes, mas também parceiros, colaboradores etc.), uma empresa consegue fortalecer a sua marca.

As vendas e a fidelização são uma consequência desse processo.

6. Educar o mercado

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber


A produção de conteúdo está na base do marketing atualmente. Publicações em blogs, matérias de revistas e jornais, redes sociais e outros canais ajudam a criar autoridade para a marca, ao mesmo tempo que educam os consumidores sobre as soluções que a empresa oferece.

A intenção não é vender diretamente o produto, mas mostrar como ele pode ser útil.

7. Engajar colaboradores


As estratégias de marketing não miram apenas para fora da empresa. Dentro das suas fronteiras, existe um público que é essencial para o sucesso do negócio: os colaboradores.

Por isso, o marketing ― ou melhor, o endomarketing ― também pode ajudar a engajar o público interno, fazê-los mais felizes com o seu trabalho e torná-los propagadores da marca.

3. A origem do marketing

Não existe um marco oficial para o surgimento do marketing. Mas podemos dizer que ele existe ― ainda não como um campo do conhecimento, mas na prática do dia a dia ― desde que as pessoas trocam mercadorias entre si.

O marketing já acontecia desde as primeiras civilizações. Mas é no fim da Idade Média e início do Renascimento Urbano e Comercial (por volta do século XV) que as cidades começam a crescer e consolidar as práticas comerciais.

Mais tarde, no século XVIII, a Revolução Industrial começou a transformar radicalmente a sociedade, a economia e os modos de viver na cidade.

Com o surgimento das fábricas, começam a aparecer também algumas teorias e métodos de administração de empresas, em busca de maior eficiência e produtividade.

A partir desse momento, com uma alta produção, o desafio era encontrar demanda pelos produtos. Assim, começam a ser desenvolvidas as práticas de vendas e de distribuição ― e aí começamos a entrar propriamente na arte do marketing.

Mas é somente no século XX, com a sequência da Revolução Industrial e a consolidação da economia de mercado, que o marketing se firma.

A alta da concorrência, a demanda por novos produtos e o crescimento das cidades trouxeram a necessidade de estabelecer uma relação entre produtores e compradores, que estimulasse a demanda pelos produtos de uma empresa.

E foi nessa época, início do século XX, que o marketing foi se constituindo como uma disciplina e sugiram os primeiros cursos por correspondência e presenciais em universidades de renome, como a Universidade de Nova York, de acordo com os estudos de Paul D. Converse (1945).

Mas é preciso se colocar naquela época: tudo ainda era muito novo.

Por isso, o marketing também não tinha ainda a visão que tem hoje, de conhecer o público, segmentar o mercado e satisfazer necessidades. A intenção era só vender mesmo!

Nesse contexto, muitas práticas maliciosas foram adotadas para ludibriar os consumidores, que acabavam comprando “gato por lebre”. E isso gerou uma imagem negativa sobre o que é marketing.

Nessa época, alguns estudiosos começaram também a analisar o efeito do marketing e da propaganda.

Walter Dill Scott, por exemplo, estudou a psicologia aplicada à propaganda e seu caráter persuasivo (até hipnótico). Ele desenvolveu estratégias de publicidade que foram largamente usadas pelas empresas no início do século.

Foi somente depois, com o amadurecimento dos consumidores, que as empresas começaram a se preocupar com a satisfação dos consumidores.

Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, é um dos autores que direciona o foco da gestão empresarial para as pessoas, o que já demonstra que as empresas não devem “vender a qualquer custo”.

Philip Kotler, a maior referência do marketing atual, segue nessa linha. Em 1967, ele lança o seu clássico “Administração de Marketing”, que coloca essa área como ponto central e vital para as empresas.

Elas deveriam ser orientadas para o cliente e para o mercado, não apenas olhar para a sua própria produção.

É com essa mentalidade, então, que surge o marketing como concebemos hoje. A partir daí, o consumidor se torna o centro das atenções.

Mas o próprio Kotler ressalta que o marketing não para: ele está em constante evolução, porque acompanha as mudanças de comportamento da sociedade.

E, se a tecnologia está cada vez mais aumentando a velocidade das mudanças, dá para imaginar que o ritmo do marketing também está cada vez mais acelerado.

Linha do tempo da história do marketing

Agora, vamos ver os principais fatos que marcaram a história do marketing, que se mistura com a história da tecnologia e dos meios de comunicação. Vamos à nossa linha do tempo:

1447: Gutenberg cria a imprensa tipográfica, ou tipografia. Essa invenção revoluciona a difusão da informação e de ideais. A Reforma Protestante de Lutero, por exemplo, foi propagada com o uso da imprensa recém-inventada.

1609: A Alemanha publica o primeiro jornal impresso como publicação periódica. Esse meio de comunicação será importante, posteriormente, para divulgar produtos e serviços em classificados e outros espaços publicitários.

1730: As revistas também surgem como publicações periódicas e passam a ser mais um canal de informação, entretenimento e publicidade.

1880: Com a veia artística da Belle Époque, os pôsteres se popularizam como mídia de divulgação pelas ruas das cidades. Mais adiante, eles serão importantes veículos da propaganda de guerra na Europa Ocidental, na União Soviética e nos Estados Unidos. Na sequência dos pôsteres, surgem também os outdoors, em formatos maiores.

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

1920: Surge o rádio. Naquela época, muitas pessoas colocaram em xeque as mídias impressas, já que o rádio era muito mais interessante e barato — eles nem imaginavam toda a tecnologia que ainda estava por vir.

1930: Começam as transmissões abertas de televisão. Se o rádio já era uma ameaça aos impressos, a TV foi vista como o ponto final dos jornais e revistas (o que definitivamente não aconteceu). No Brasil, as transmissões acontecem apenas em 1950, pelas mãos de Assis Chateaubriand.

1941: Vai ao ar o primeiro comercial de TV. Nessa mídia, a publicidade ganha alto poder de penetração e persuasão.

1942: A Nestlé inaugura um canal exclusivo para comunicação com o consumidor, o Serviço de Colaboração Familiar. Era o início dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) no Brasil.

1970: O telemarketing se torna uma prática comum para vender produtos e serviços ao consumidor. Os sistemas PABX (Private Automated Branch Exchanges) permitiram que as empresas tivessem quantos ramais fossem necessários para fazer as ligações.

1981: A IBM lança o primeiro computador pessoal, o IBM PC 5150. Assim começava a se popularizar o uso das mídias digitais pelas pessoas e pelas empresas. Um pouco mais tarde, em 1984, a Apple lança o seu primeiro Macintosh, com destaque para o lendário comercial de lançamento que também entrou para a história do marketing.

1998: Surgem os blogs. Inicialmente, eles se parecem mais como diários pessoais. Mais adiante, os blogs corporativos vão se transformar em importantes ferramentas de Marketing de Conteúdo para as empresas.

2000: O Google lança o Adwords para permitir a inserção de links patrocinados na busca. Esse formato de publicidade é um clássico das mídias pagas da internet, que ainda hoje é largamente usado.

2003: Os Estados Unidos assinam o Can-Spam Act, o primeiro tratado contra o envio de email marketing não-solicitado.

2004: Mark Zuckerberg lança o Facebook, uma pequena rede social universitária que revolucionaria as relações sociais e se transformaria em uma grande plataforma de negócios.

2005: É lançado o YouTube, que se torna o gigante dos vídeos para a internet. Um ano depois, ele é adquirido pelo Google.

2007: Steve Jobs lança o primeiro iPhone da Apple. Esse lançamento foi um marco para tornar os smartphones mais conhecidos e para o mundo se tornar mais mobile.

2009: O Google começa a testar carros autodirigidos ― um marco para o uso da inteligência artificial e da Internet das Coisas.

2015: O Google lança o RankBrain, um algoritmo baseado em machine learning para qualificar a entrega dos resultados da busca aos usuários.

2015: Surge o conceito de Economia Compartilhada ― representada por negócios como Uber, Airbnb e Netflix ―, que introduz um novo modelo de negócio e um novo modo de consumir.

Fases

Philip Kotler explica em seus livros que o marketing já passou por diferentes fases. Isso acontece porque a atividade acompanha a evolução do mercado, da sociedade, da tecnologia e, principalmente, do comportamento do consumidor, com quem deve criar uma conexão.

Atualmente, vivemos a quarta fase, chamada de Marketing 4.0. Portanto, já passamos pelo Marketing 1.0, 2.0 e 3.0. A seguir, você vai saber do que elas tratam.

Porém, não pense que um estágio vem para substituir o outro. Ainda existem empresas vivendo nas fases anteriores, porque não reagiram às mudanças.

Mas Kotler deixa claro que quem souber se adaptar a cada momento tem mais chances de sucesso no mercado, ok?

Então, acompanhe agora a evolução e pense em que fase a sua empresa está.

Marketing 1.0

No Marketing 1.0, as empresas estavam focadas na sua produção e nos seus produtos. Basicamente, elas olhavam apenas para o seu próprio umbigo.

Entendemos o porquê disso quando olhamos para o cenário em que se desenvolve essa primeira fase.

Estamos falando dos primeiros passos do marketing, quando não havia tantos produtos no mercado, nem tantas empresas concorrentes, e o consumidor ainda era imaturo em relação à publicidade.

Portanto, ainda não era preciso se preocupar com construção de marca, segmentação de mercado, muito menos personalização.

A solução era simples: massificar a divulgação, com foco nos atributos funcionais dos produtos, com meios de comunicação como TV e rádio para maximizar a visibilidade.

Marketing 2.0

No Marketing 2.0, já percebemos uma evolução na percepção das empresas. Elas deixam de olhar apenas para dentro e percebem que precisam entender as necessidades dos consumidores.

Ao identificá-las e atendê-las, as empresas teriam demanda para os seus produtos.

Nessa época, os consumidores já não eram mais uma massa. Eles já estão mais maduros e exigentes com as empresas, que devem repensar as suas estratégias.

Assim, o marketing passa a reconhecer que eles têm necessidades e desejos diferentes, que os seus produtos podem suprir.

Então, surge a noção de segmentação de mercado. O papel dessa tarefa é delimitar grupos de consumidores, com perfis e interesses em comum, e definir um público-alvo, em que as estratégias vão mirar.

Ao se aproximar de um grupo específico, as empresas reduzem a concorrência e diminuem os gastos com o marketing massificado, que atingia muitos consumidores fora do perfil de cliente do negócio.

Marketing 3.0

No Marketing 3.0, a internet entra em cena. A sociedade se torna digital, conectada, sem fronteiras. As pessoas ganham o poder de se manifestar em sites, blogs e redes sociais e serem ouvidas do outro lado do mundo.

E, assim, a hierarquia das relações de consumo se inverte ― agora os consumidores estão no poder.

Nesse cenário, mais uma vez, o marketing teve que se adaptar. Não faz mais sentido tratar os consumidores por segmentos, nem como alvos. Eles são, simplesmente, seres humanos, que querem ser ouvidos.

Como seres humanos, os consumidores se tornam únicos. Por isso, as empresas devem criar estratégias personalizadas para cada pessoa, conforme as suas necessidades, dores, interesses e comportamentos.

E, para conversar com pessoas, as marcas também devem assumir traços humanos. É nesse sentido que as empresas passam a definir valores e princípios e se envolver em causas sociais e ambientais, demonstrando a sua humanidade e preocupação com o futuro do planeta.

Os consumidores não querem mais apenas empresas que vendem produtos ― eles querem marcas que assumam compromissos.

Marketing 4.0

Se o Marketing 3.0 surge na era da internet, o Marketing 4.0 é marcado pela economia digital. A conectividade transformou tão profundamente a sociedade que Kotler identificou o surgimento de uma nova era, relatada em seu livro “Marketing 4.0: Moving from Traditional to Digital”, de 2016.

Esse é o estágio que vivemos atualmente, em que a internet permeia todos os momentos das nossas vidas. Pesquisar, comprar, estudar, conversar, se informar ― para tudo isso, usamos a internet.

Para as empresas, isso também deve acontecer. A conectividade está transformando as relações de consumo, os padrões sociais e as estruturas de poder. Então, o marketing também deve entrar na transformação digital.

Mas Kotler não está falando apenas de criar uma página no Facebook e mandar email marketing, ok?

O Marketing 4.0 consiste na compreensão desse novo cenário hiperconectado e da mudança de mindset das empresas para uma lógica mais inclusiva, horizontal e social.

Trata-se de uma mudança muito mais profunda do que angariar likes nas redes sociais!

Marketing e Publicidade

A publicidade é um dos braços do marketing, que faz parte do P de Promoção, dentro dos 4 Ps que você vai conhecer mais adiante neste artigo.

Ela é responsável por divulgar a empresa e os produtos para o público consumidor e incentivá-los a comprar. E isso pode acontecer por meio de anúncios pagos na TV, no rádio, em outdoors, nas redes sociais, nos buscadores etc.

Já o marketing é muito mais abrangente que isso.

Ele se ocupa das atividades que vão desde a análise do mercado até a mensuração dos resultados das vendas, por exemplo.

Nesse processo todo, a publicidade é a ferramenta persuasiva que mira no público e ajuda a gerar demanda para a empresa.

Marketing e Administração

O marketing é um dos pilares da administração, que depende também da gestão de pessoas, finanças, logística, vendas etc. Sem um desses pilares, a gestão fica incompleta, e a empresa não consegue andar.

Kotler mostra que o marketing, como ponto central das empresas, está diretamente relacionado à administração e deve direcionar sua visão, sua missão e seu planejamento estratégico. Não é por acaso que ele trabalha com o conceito de Administração de Marketing, expressão que dá nome ao seu livro clássico.

Na perspectiva da Administração de Marketing, quando as empresas se modificam, a organização do marketing também se altera. Portanto, o marketing já passou pelas diferentes filosofias de administração.

Veja agora quais foram as principais e como o marketing desempenhou seu papel:

Orientação para produção

Relaciona-se à fase do Marketing 1.0, que vimos anteriormente. As empresas olham apenas para dentro, na busca pela maior eficiência com o menor custo possível, e focam na distribuição massificada.

Nessa orientação, o marketing apenas deduz o que o mercado precisa, sem analisar a fundo as suas demandas.

Orientação para produto

Relaciona-se também com o Marketing 1.0, mas o foco se volta para o produto e a qualidade total da produção.

O marketing se preocupa em entregar e propagar produtos com qualidade e desempenho superiores, ao deduzir que é isso que os consumidores querem.

Orientação para vendas

Aqui, as empresas começam a olhar para o mercado, mas ainda não estão preocupadas em entender suas necessidades.

O marketing está ligado diretamente às vendas: ele deve adotar uma linguagem persuasiva, que faça os consumidores comprarem a qualquer custo, já que espontaneamente eles não farão isso. O problema? Ninguém gosta de se sentir pressionado.

Orientação para marketing

A partir daqui, estamos falando do Marketing 2.0, centrado no cliente. A orientação da administração para o marketing traz a visão do mercado.

Primeiramente, as empresas devem entender o que o mercado precisa; depois, elas devem elaborar as estratégias para atender as demandas dos segmentos, de maneira que se diferencie dos concorrentes.

Orientação para marketing holístico

Enquanto as três primeiras orientações já têm um uso limitado, a orientação para o marketing holístico é a abordagem mais contemporânea.

Segundo essa filosofia, o marketing é amplo e trabalha com as diferentes áreas da empresa, com as quais constrói uma interdependência.

Marketing e Vendas

Até as ideias de Kotler entrarem em prática no mercado, o marketing era muito visto como sinônimo de vendas. Porém, essas áreas têm funções diferentes.

A equipe de vendas trabalha na etapa final da jornada de compra. Seu papel é estimular a tomada de decisão quando o cliente já está mais maduro.

Para chegar a esse ponto, porém, ele passa pelo processo de amadurecimento com a equipe de marketing, que teve o papel de atrair interessados, estreitar o relacionamento com eles e nutri-los com conteúdos.

A separação entre as áreas, porém, causou um cisma. Em muitas empresas, Marketing e Vendas não se conversam e ainda disputam quem deve receber os louros das vendas.

A verdade é que essa rivalidade não traz benefício algum ao negócio. Na perspectiva do marketing holístico, o ideal é que as áreas trabalhem de forma colaborativa pelo bem da empresa.

Por isso, criou-se o termo vendarketing, com a intenção de promover a integração e o alinhamento entre esses setores.

Na metodologia do Inbound Marketing, o vendarketing ajuda a extrair os melhores resultados, otimizar os recursos do processo de vendas e manter uma comunicação coesa com o lead ao longo de todo o funil.

4. Ciclo de vida do produto

Um dos conceitos mais importantes do marketing é o Ciclo de Vida do Produto (CVP). Apresentado por Philip Kotler, ele mostra a dura realidade: nada é para sempre.

Isso vale para a vida, mas também para os produtos, para as categorias de produtos, para as marcas e para os mercados. De maneira geral (não é uma regra), eles passam por quatro fases, que vamos detalhar a seguir.

As empresas precisam, então, ajustar as estratégias de marketing ao ciclo e equilibrar seu portfólio de produtos para passar por esses estágios com o melhor aproveitamento e sem prejudicar suas operações.

Vamos ver agora quais são os estágios do ciclo de vida de um produto:

1. Introdução

A primeira fase se refere ao lançamento do produto no mercado, depois de investir em pesquisa e desenvolvimento. Apesar do otimismo, é preciso agir com cautela.

As vendas tendem a ser baixas, já que o produto ainda está sendo introduzido, e as altas despesas de lançamento, divulgação e educação do mercado inibem a lucratividade.

2. Crescimento

Na fase de crescimento, o produto já foi aceito no mercado e alcança uma alta procura. Com a educação dos consumidores, o desejo pelo produto tende a aumentar exponencialmente!

Os lucros também têm um aumento substancial, pois o faturamento já começa a superar as despesas com publicidade.

3. Maturidade

Na maturidade, as vendas e os lucros se estabilizam. O produto já é conhecido pela maioria dos compradores potenciais, que já não trazem mais novos clientes.

Os concorrentes também estão no cenário, e a disputa pela atenção dos consumidores se torna mais acirrada, o que pode também começar a baixar os lucros.

4. Declínio

Como nada dura para sempre, chega a fase do declínio. Ela costuma acontecer devido a mudanças no mercado, como uma nova tecnologia, a evolução de comportamentos ou a entrada de um grande concorrente.

Com os lucros cada vez menores, chega a hora de renovar o produto, investir em novas soluções ou simplesmente tirar o item do mercado (é preciso também saber a hora de sair de cena…).

5. 4 Ps do Marketing: entenda o Mix de Marketing

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

O conceito de 4 Ps do marketing, também chamado de Mix de Marketing, é um dos mais conhecidos na área. Essa é uma metodologia do marketing operacional, ou seja, foi criada para tirar os planos do papel e colocar na rua.

Os 4 Ps, então, referem-se aos pilares das táticas de marketing: Preço, Praça, Promoção e Produto. Eles devem ser definidos para cada segmento-alvo que a empresa escolher, a partir das definições de posicionamento da marca para cada um deles.

Atualmente, existem ainda algumas revisões dessa metodologia, que incluem novos Ps ou outras letras, como os 8 Ps do Marketing Digital. Mas, agora, estamos aqui para mostrar o que representam essas quatro palavras para o marketing.

Preço


O preço de um produto pode parecer apenas um número. Mas ele diz muito sobre o posicionamento de uma marca.

Se você escolhe ter o preço mais barato do mercado, essa decisão influencia na percepção do público sobre o seu produto e na decisão de compra.

Portanto, o P de Preço deve ser definido de olho nas projeções de lucratividade e nos preços dos concorrentes, mas também em como o público vai absorver essa informação.

Além do preço de lista, você deve definir também as políticas de desconto e parcelamento, que também afetam as percepções e escolhas do cliente.

Praça


O P de Praça se refere à distribuição do produto no mercado.

Afinal, os locais onde os produtos são vendidos determinam como o consumidor terá acesso a eles e influenciam na sua decisão de compra. Se o acesso for difícil, se a loja for longe da sua casa ou o e-commerce demorar a entregar, por exemplo, ele pode desistir da compra.

Portanto, você deve pensar em uma distribuição que alcance o seu público-alvo, da maneira mais eficiente possível. Pense sobre:

  • canais de distribuição;
  • número de intermediários até o cliente final;
  • localização dos centros de distribuição;
  • localização dos pontos de venda;
  • gestão da logística.


Promoção


O P de Promoção engloba todas as ações de comunicação, que fazem a conexão entre a marca e os consumidores e despertam o interesse no produto. O mix de comunicação envolve as seguintes ações:

  • publicidade;
  • relações públicas;
  • assessoria de imprensa;
  • marketing direto;
  • Marketing Digital;
  • merchandising;
  • entre outras.


Produto

O produto é aquilo que o consumidor pode ver, tocar, experimentar em relação à marca, que é algo intangível. Então, é essencial que o produto transmita a imagem que a marca propagou com a promoção ― ou a experiência do consumidor será frustrante.

No P de Produto, então, a empresa deve definir pontos como estes:

  • atributos funcionais;
  • atributos emocionais associados ao produto;
  • funções que ele pode desempenhar;
  • design do produto e da embalagem;
  • nível de qualidade da produção;
  • branding do produto.

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6. Tipos de marketing

Existem vários tipos de marketing. Diferentes estratégias, canais e abordagens podem ser adotados pelas organizações. E cada um deles pode servir para atingir diferentes objetivos, conversar com determinados públicos e suprir determinadas necessidades dos negócios.

Agora, então, vamos ver alguns tipos de marketing bastante usados que você pode aplicar no seu negócio.

Inbound Marketing

Uma estratégia de Inbound Marketing ― ou marketing de atração ― não faz a empresa ir atrás dos consumidores para vender seus produtos, como acontece com a publicidade tradicional.

Em vez disso, ela trata de atrair interessados para transformá-los em leads e, depois, convertê-los em clientes, dentro do que chamamos de funil de vendas.

Nesse processo, a criação de conteúdo relevante para o consumidor é o principal combustível para promover o relacionamento com a marca.

HubSpot, por exemplo, tornou-se uma referência em Inbound Marketing usando essa metodologia.

A empresa produz uma série de conteúdos para despertar o interesse de potenciais clientes e, depois, guiá-los pelo funil até adquirem o seu software.

Outbound Marketing

Diferentemente do Inbound, o Outbound Marketing consiste em uma abordagem ativa para prospectar clientes.

A empresa identifica quem tem potencial para se tornar cliente e utiliza diferentes canais ― como banners em sites, social ads, anúncios de TV e ligações telefônicas ― para alcançar essas pessoas.

Para ter resultados efetivos com essa estratégia, é preciso investir na segmentação e na personalização da mensagem.

Caso contrário, a sua abordagem será massificada, e você vai incomodar pessoas que não têm interesse no que a sua empresa tem a dizer — é só pensar nas ligações indesejadas de telemarketing para lembrar como o outbound marketing mal planejado por ser inoportuno.

Marketing de Conteúdo

Marketing de Conteúdo não é uma estratégia nova. Há muito tempo as empresas produzem materiais relevantes para os seus consumidores.

Quer um exemplo?

A Brastemp lançou livros de receitas quando começou a vender seus micro-ondas. A intenção era educar e engajar seu público, estreitar o relacionamento com eles e gerar mais oportunidades de negócios.

É com esses mesmos objetivos que o Marketing de Conteúdo é utilizado ainda hoje. A diferença é que essa estratégia ganhou um empurrãozinho da web 2.0, que popularizou a produção de conteúdos.

A mesma Brastemp, por exemplo, está hoje na internet, com conteúdos no canal do YouTube e nas redes sociais por exemplo, para se conectar com o consumidor atual.

Aqui no Aprendi em casa, é com a produção de conteúdos relevantes para o nosso público que atraímos o interesse de potenciais clientes e construímos a nossa autoridade em Marketing de Conteúdo. Não é por acaso que você está aqui lendo este post!

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

Marketing Digital

Marketing Digital são as estratégias de marketing aplicadas aos meios eletrônicos ― simples assim.

Sites, blogs, aplicativos, redes sociais, emails, buscadores e banners não são, por si só, o Marketing Digital ― eles são apenas canais que você pode usar para comunicar e entregar valor aos consumidores.

A atuação online trouxe muitos ganhos para as empresas. Com a possibilidade de coletar uma infinidade de dados, elas ganharam poder de segmentação do público e de mensuração dos resultados.

Mais interessante ainda é que agora isso é possível para qualquer empresa, mesmo sem orçamentos astronômicos.

Porém, fica cada vez mais tênue a diferença entre o que é marketing e o que é Marketing Digital. Afinal, o mundo está todo conectado!

Então, adotar o Marketing Digital não é mais uma escolha ― é uma obrigação para as empresas.

É interessante observar como empresas que construíram sua reputação no mundo offline migraram com sucesso para a internet. A Magazine Luiza é um bom exemplo de empresa que soube incorporar o Marketing Digital no varejo para colher os melhores resultados.

Marketing Interativo

A produção de conteúdos interativos é focada na criação de oportunidades de interação entre empresa e público. Dessa forma, ele tem como resultado o aumento do engajamento e a promoção de experiências valiosas.

Além desses pontos, as estratégias interativas possibilitam a coleta de dados relevantes para as equipes de marketing e vendas, por meio da análise das suas respostas em quizzes, infográficos, calculadoras e demais formatos interativos.

Um exemplo de conteúdo interativo é a criação questionários interativos que levam o usuário a conhecer mais sobre suas dores, apresentando, em seguido, blog posts que possam auxiliá-lo ao longo da sua jornada.

Marketing direto e indireto

Embora pareçam opostos, marketing direto e indireto se referem a conceitos diferentes.

Marketing direto ― também chamado de marketing de dados ― consiste no uso de um banco de dados para falar diretamente com uma pessoa. Exemplos disso são o envio de mala direta, o email marketing e o telemarketing. Nesse tipo de estratégia, personalização e relevância são regras para não importunar as pessoas.

Já o marketing indireto se refere a uma divulgação da marca que não tem cara de propaganda. A intenção é que o público não perceba que se trata de uma ação intencional da empresa.

Como assim? Fica fácil entender quando você pensa em uma das primeiras ações de marketing em games: a inserção de quiosques do McDonald’s no jogo The Sims.

Em vez de colocar um banner intrusivo, a empresa inseriu a marca no contexto do jogo, sem atrapalhar a experiência dos jogadores.

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

Marketing Pessoal

Marketing não serve apenas para empresas e organizações, sabia? O conceito pode ser aplicado também a pessoas, ou melhor, à sua marca pessoal.

É com uma estratégia de marketing pessoal que você desenvolve e reforça a imagem que quer transmitir ao mundo sobre você mesmo, conforme os seus valores, princípios, características e habilidades.

Assim, você é lembrado mais facilmente e se torna referência no que faz.

Marta, eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, é um bom exemplo. Ela é a maior referência do futebol feminino no Brasil não apenas pela sua qualidade técnica, mas também pela postura de simplicidade, que exibe no dia a dia na sua conta do Instagram.

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

Endomarketing

O marketing deve mirar em todos os públicos que se relacionam com a empresa, não apenas os seus clientes. Por isso, existe um tipo de marketing que olha para dentro do negócio: o endomarketing.

As estratégias que ele abrange focam em engajar os colaboradores de uma empresa e gerar valor para eles, ao criar um ambiente de trabalho mais agradável e motivador.

A Tetra Pak tem um bom exemplo de endomarketing.

Todo ano, a empresa promove o Prêmio de Excelência, que premia as ideias de melhorias em processos e motiva os colaboradores a se engajarem em soluções inovadoras. Eles podem ser indicados pelos colegas em quatro categorias: cliente, inovação, operação e liderança.

Marketing de Relacionamento

Vivemos uma época em que os consumidores têm uma infinidade de opções de marcas para escolher e cada vez menos tempo no seu dia a dia. É por isso que as empresas estão investindo no marketing de relacionamento.

A intenção é estreitar os laços com o público e se mostrar útil, não apenas abordá-lo para vender um produto.

Para isso, é preciso acompanhar os consumidores na sua jornada de compra com conteúdos interessantes, que os ajudem a amadurecer sua decisão e se aproximar da marca.

construtora Tecnisa, por exemplo, adota várias estratégias para despertar a confiança do seu público. A tomada de decisão para a compra de um imóvel é longa e complexa, então a empresa precisa se fazer presente antes, durante e depois da compra.

Por isso, os clientes recebem emails com fotos das obras, ganham presentes em cada momento da construção e são informados com transparência sobre o passo a passo do processo.

O resultado é o aumento nas vendas por indicação, até mesmo de clientes que ainda nem moram nos seus apartamentos.

Marketing nas Redes Sociais

Facebook, Instagram, LinkedIn, Pinterest e outras redes sociais se tornaram canais essenciais para o marketing. No levantamento da pesquisa Social Media Trends 2019, 96,2% das empresas afirmaram estar presentes nas redes sociais.

Interatividade: esse é o grande trunfo dessas plataformas! O marketing nas redes sociais é capaz de humanizar uma marca e estreitar o relacionamento com o público.

Com o desenvolvimento das redes como plataformas de negócios, também é possível investir em posts patrocinados e potencializar os resultados da presença digital da empresa.

A Disney, por exemplo, criou uma campanha que mostra bem o poder das redes sociais. A empresa resolveu doar 5 dólares para uma instituição a cada foto que os seus seguidores publicassem vestindo as orelhas do Mickey com a hashtag #ShareYourEars.

Esse é um exemplo de uso da interatividade para fazer o bem e de alinhamento com os valores da marca – um exemplo também de marketing social, que vamos ver a seguir.

Marketing de Guerrilha

Aqui está um tipo de marketing em que a criatividade ganha bastante espaço! Afinal, é preciso ser ousado e inovador para chamar a atenção do público e conquistar seus aplausos. Por isso, o marketing de guerrilha é também um dos mais desafiadores.

Mas, quando bem-feito, ele tende a ter um impacto enorme com uma grande divulgação espontânea.

Bons cases nessa área não faltam. A UNICEF, por exemplo, teve uma ideia inusitada: vender água suja em uma máquina no meio de Nova York.

Como assim?

A intenção era angariar doações e chamar atenção para as doenças que podem ser causadas pelo consumo de água não tratada, o que ainda é comum em diversas partes do planeta.

Marketing Social

As estratégias de marketing social entram no contexto do Marketing 3.0, sobre o qual falamos. Se os consumidores exigem que as empresas assumam suas responsabilidades com o futuro do planeta, elas precisam se engajar em causas sociais e ambientais.

Assim, as ações devem gerar impacto positivo para a sociedade e, ao mesmo tempo, reforçar os valores da marca para gerar identificação com o público.

Mas é importante reforçar: não dá para ficar só no discurso ― é preciso assumir o compromisso de ponta a ponta na empresa.

Atualmente existem vários exemplos do que é marketing social. Um case bacana foi a ação We Accept, do Airbnb. A campanha foi lançada em meio à polêmica do veto a imigrantes pelo governo norte-americano, em 2017.

Na contramão da decisão, a empresa marcou sua posição de inclusão dos refugiados e de celebração da diversidade.

Marketing de Produto

O marketing de produto é um tipo de marketing focado na geração de demanda para determinado produto.

A intenção é analisar o mercado e os concorrentes e definir as estratégias de marketing ― diferencial competitivo, preço, posicionamento, público-alvo, publicidade etc. ― em alinhamento com os objetivos estratégicos do negócio como um todo.

A Nissin, líder no segmento de macarrão instantâneo, é um exemplo.

Para o Cup Noodles, ela criou estratégias focadas em adolescentes (diferentemente dos seus outros produtos), como o lançamento de novos sabores, ações no ponto de venda, além de um site e páginas no Facebook e no Instagram exclusivas para o produto.

Marketing Multinível

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

O marketing multinível é baseado na criação de uma rede de revendedores, que representa a força de vendas da empresa.

Esses revendedores são incentivados não apenas a vender os produtos (lucro direto), mas também angariar novos revendedores para ampliar os seus ganhos (lucro indireto), já que vão receber sobre as vendas que eles realizarem.

A Mary Kay é um exemplo clássico de empresa que trabalha com base no marketing multinível. Os esforços da empresa são focados no engajamento das revendedoras.

7. ambientes de marketing

Quem começa a trabalhar com marketing já quer logo pensar como vai ser o anúncio do produto ou a ambientação da loja, não é?

Mas, antes dessas definições, as empresas devem fazer uma análise dos ambientes de marketing.

É disso que estamos falando quando dizemos que uma empresa é “voltada para o mercado”, sabia? A análise do mercado permite criar estratégias mais eficientes, já que identifica os fatores internos e externos que podem influenciar o desempenho da empresa.

O contexto envolve dois tipos de ambientes: o microambiente e o macroambiente. Vamos ver o que são eles?

Microambiente

O microambiente envolve a empresa e o setor em que ela está inserida.

A análise deve começar com a própria empresa, ao observar suas potencialidades e fraquezas, como a localização, o mix de produtos, a equipe, a credibilidade da marca, entre outros. É importante perceber que esses fatores estão sob controle do negócio.

Depois, a análise deve mirar no setor, que influencia o desempenho da empresa. A análise setorial envolve os concorrentes, os fornecedores, os compradores, os entrantes potenciais e os possíveis substitutos.

As relações dessa cadeia ― como o nível de rivalidade entre concorrentes e o poder de barganha dos fornecedores, que compõem as 5 forças de Porter ― determinam a posição da empresa dentro do seu mercado.

Macroambiente

No macroambiente, estamos falando de forças que influenciam a empresa, mas estão mais distantes. Elas podem ser agrupadas em seis grandes ambientes:

  • econômico;
  • político-legal;
  • tecnológico;
  • demográfico;
  • sociocultural;
  • natural.

As tendências relacionadas a esses ambientes podem impactar fortemente um negócio.

A Uber, por exemplo, envolve-se diretamente com as questões legais das regiões onde opera, pois, em muitos locais, a legislação proíbe o serviço que ela oferece.

Outro exemplo é a adaptação das Barbies para atender às mudanças socioculturais. As bonecas, que antes seguiam apenas um padrão de beleza, passaram a abranger negras, gordas, ruivas e pessoas com deficiência.

Perceba que aqui os fatores não são controláveis pela empresa. Portanto, cabe a ela monitorar o cenário externo e adaptar as suas variáveis controláveis (internas) às transformações do contexto.

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

8. Canais de marketing

O que é marketing: Tudo o que você precisa saber

Como você vai fazer o seu produto chegar até o consumidor final? Acredite: existem muitas opções além da venda direta para ele.

Esse caminho é percorrido por meio dos canais de marketing, que são responsáveis pela transmissão do produto até o seu destino final. Eles fazem parte do P de Praça no mix de marketing, que apresentamos antes.

A intenção é que essa jornada seja percorrida da forma mais rápida e eficaz possível, para que o cliente tenha acesso à compra no local e no prazo esperados.

Os canais de marketing podem ser divididos de acordo com o número de níveis (intermediários) pelos quais o produto passa:

  • No nível 0, a venda acontece diretamente do fabricante para o consumidor;
  • nível 1, o produto sai do fabricante e passa pelo varejista (1) até chegar ao consumidor;
  • No nível 2, o produto sai do fabricante e passa pelo atacadista (1) e pelo varejista (2) até chegar ao consumidor;
  • No nível 3, o produto sai do fabricante e passa pelo vendedor (1), pelo atacadista (2) e pelo varejista (3) até chegar ao consumidor.

Pense, por exemplo, nas vendas da Dell: elas operam no nível 0 quando o consumidor compra direto do site da empresa ou pelo televendas. Já uma agência de viagens pode ser entendida como a varejista do nível 1, já que vende pacotes turísticos de operadoras (fabricante) para o cliente final.

Perceba também que, quanto mais níveis tiverem os canais de marketing, maior é a capilaridade da sua distribuição. Por outro lado, aumentam as relações de barganha (que podem impactar no preço final do produto) e o distanciamento do fabricante com o consumidor final.

9. Estratégias: como criar um bom plano de marketing

Enfim, agora que você já sabe como analisar o mercado, já conhece os principais conceitos e os tipos de marketing que existem, já está a fim de elaborar as suas estratégias de marketing?

Então, vamos ver como fazer o seu plano de marketing da melhor maneira. Esse planejamento pode mirar na marca ou em um produto específico da empresa.

Com esse plano, a empresa terá uma ferramenta concreta para guiar a aplicação das suas estratégias e se manter competitiva. Ou seja, o papel do plano é guiar a empresa das estratégias à ação!

Mas entenda que o plano de marketing é a documentação do planejamento. Portanto, as análises do microambiente e do macroambiente, além da definição dos segmentos-alvo e do posicionamento da marca devem vir antes da elaboração do plano.

Depois, o plano vai mostrar como a sua empresa vai atuar diante do cenário e conforme as suas definições estratégicas.

Agora, então, veja os principais pontos que devem aparecer no plano, mas que podem variar de acordo com as necessidades de cada negócio.

Definições do planejamento estratégico

O plano de marketing deve começar com as definições do planejamento estratégico da empresa. Isso engloba a missão, a visão e os valores da marca, além dos objetivos e metas da empresa.

Descrição da análise do ambiente de marketing

Sabe aquela análise do ambiente que falamos anteriormente? É hora de documentar as principais informações e insights que você extraiu das observações.

O plano deve apontar as principais ameaças e oportunidades do ambiente externo e as forças e fraquezas do ambiente interno. Você pode usar o framework da análise SWOT para isso.

Definições de segmentação

O plano de marketing também deve apontar com quais públicos-alvo a empresa vai trabalhar, a partir da segmentação do mercado, e qual posicionamento vai adotar para cada um deles. Nesse momento, também pode ser interessante criar a persona com quem as suas estratégias vão se comunicar.

Definições do mix de marketing para cada segmento

Depois, é hora de definir as estratégias dos 4 Ps do marketing: Preço, Praça, Promoção e Produto. Isso deve ser feito para cada segmento e de acordo com o posicionamento da marca para cada um.

Cronograma de execução

O cronograma de execução é essencial para tirar o plano de marketing do papel. Nessa parte, você deve definir um calendário, com datas e prazos, além dos responsáveis por cada atividade e os recursos que elas vão demandar.

Indicadores de desempenho

A definição de indicadores de desempenho é um dos pontos primordiais do plano de marketing. É com eles que você vai verificar se as suas estratégias alcançaram os resultados desejados, em alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa.

10. Ferramentas de marketing

O profissional de marketing precisa trabalhar com boas ferramentas. Elas são essenciais para otimizar o trabalho, trazer mais eficiência, reduzir as falhas e gerar mais inteligência para o setor de marketing.

Agora que estamos na era digital, o acesso a boas ferramentas ficou mais fácil, já que é possível contratar esses serviços na nuvem, o que garante mais segurança e acessibilidade aos dados.

Vamos mostrar agora quais são as plataformas, gratuitas ou pagas, que são indispensáveis para o seu dia a dia.

CRM

Contar com um bom sistema de Customer Relationship Management pode melhorar muito o relacionamento com os seus clientes, em todos os pontos de contato da jornada de compra. O RD Station CRM e o Pipedrive são bons exemplos de ferramentas para isso.

Automação de marketing

Uma ferramenta de automação de marketing permite que você defina ações automatizadas para todo o funil de vendas, como o disparo de emails e a publicação de conteúdos. Isso é essencial para aumentar a produtividade da equipe no dia a dia e escalar as suas vendas. O RD Station e a Hubspot pode ajudar bastante nisso.

Análise de dados

Não se pode mais imaginar o marketing sem a análise de dados. Eles são essenciais para a tomada de decisões e a redução de riscos, além de apontarem as oportunidades de melhoria de desempenho das estratégias.

O Google Analytics é a ferramenta mais completa e conhecida, mas o Hotjar também pode ajudar com os seus mapas de calor.

Email marketing

Email marketing é um canal de comunicação essencial para o relacionamento com o público e para a nutrição de leads. Trabalhe com ferramentas que automatizem os envios e permitam segmentar os envios, personalizar as mensagens e criar layouts eficientes.

O MailChimp é uma ferramenta com vários recursos que é bastante acessível.

SEO

Quer alcançar as primeiras posições do Google? Então, você vai precisar do apoio de ferramentas que analisem palavras-chave, backlinks e posições nos buscadores, como o SEMrush.

O Google também oferece uma ferramenta gratuita que ajuda na análise do seu próprio site, o Google Search Console.

Mídia paga

O P de Promoção também deve abranger estratégias de mídia paga na web. As principais plataformas de anúncios ― Google Ads e Facebook Ads ― oferecem um alto nível de segmentação do público e de mensuração dos resultados.

Gestão de redes sociais

Gerenciar todos os perfis da sua marca nas redes sociais pode ser bastante trabalhoso. Porém, uma ferramenta de gestão de redes sociais facilita esse trabalho, por centralizar a publicação e o monitoramento em um só lugar.

mLabs, por exemplo, funciona bem para isso.

Análise da concorrência

Qual empresa não gosta de dar uma espiadinha no que está acontecendo nos concorrentes? Existem várias ferramentas de análise da concorrência na web. O SEMrush, por exemplo, ajuda a entender as estratégias usadas pela concorrência.

11. Profissional de marketing

Afinal, o profissional de marketing é um marketeiro? Em geral, não usamos essa expressão porque ela tem um tom pejorativo, como se nomeasse alguém que quer vender a qualquer custo.

Por isso, esse profissional pode ser chamado, simplesmente, de profissional de marketing!

Em muitas empresas, ele pode trabalhar sozinha na área ― trata-se da famigerada “eu-quipe” de marketing, em que o profissional de marketing se torna um generalista.

Ele atende todas as demandas, desde a criação de posts para as redes sociais até o planejamento estratégico da empresa.

Nesse caso, as empresas procuram por analistas de marketing. O levantamento da Content Trends 2018 mostrou que esse é o principal cargo dos profissionais de marketing na maioria das empresas entrevistadas (45,6%).

Se você pretende ser esse profissional, é preciso ter um perfil versátil para fazer de tudo um pouco.

Especialmente em pequenas empresas, você terá que aprender rápido e ter muita proatividade para botar a mão na massa por conta própria, sem esperar por uma mentoria ― afinal, o dono do negócio tem muitas outras coisas para pensar.

Além disso, o profissional de marketing precisa ter um perfil analítico, orientado pelas métricas e focado em resultados, pois isso sempre fará parte do seu dia a dia, mesmo se buscar especialização em alguma área.

Porém, a maior parte das empresas (36,4%) apresenta de 2 a 5 funcionários dentro do time de marketing, número que geralmente aumenta à medida que a estrutura se torna mais robusta.

Nesse caso, os times se desmembram em outras funções, que os profissionais de marketing também podem ocupar:

  • analista de redes sociais;
  • de conteúdo;
  • de SEO;
  • analista de mídias pagas;
  • designer;
  • gerente ou coordenador de marketing;
  • diretor de marketing (CMO);
  • entre outros cargos.

Nesses casos em que o time abrange vários profissionais, o gestor procura especialistas em suas áreas.

Portanto, se você quer seguir carreira em marketing em empresas maiores, é interessante buscar especializações nas áreas em que você mais se interessa.

Mas se você é o gestor que está buscando informações para montar um time de marketing, é importante entender os estágios de um time de marketing para montar a equipe adequada ao seu negócio. Para aumentar a maturidade da sua equipe, também é essencial investir em treinamentos.

Eles garantem a qualificação constante dos funcionários, não só para melhorarem a atuação em seus cargos, mas também para poderem assumir novos cargos na hierarquia (inclusive de direção), que vai aumentando à medida que a equipe cresce.

Conclusão

Enfim, aí está tudo o que você precisa saber sobre marketing!

Mas é claro que uma área de conhecimento tão ampla não pode ser resumida em um artigo de blog. Tentamos passar aqui por todos os assuntos importantes do marketing, mas agora você pode se aprofundar mais.

Comenta aqui embaixo sobre o que você quer que eu escreva em um próximo artigo

Sobre o Autor

Pedro Henrique
Pedro Henrique

Descobri o marketing digital e hoje ajudo pessoas a mudarem de vida

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